terça-feira, 5 de julho de 2011

Não gostei da brincadeira, Stº Antonio também não gostou!

Igreja de Santo Antonio em Jequié. Foto Zenilton Meira


O que pensa o radialista Rildo Júnior a respeito dos festejos de Santo Antonio  em 2011

Passada a euforia das nossas festas juninas, quero aqui fazer uma pequena análise do que foi, para mim, os Festejos de Santo Antonio em Jequié, que poderia muito bem ser lembrada como a micareta de Santo Antonio, com o perdão da utilização do santificado nome de Santo Antonio. Mas foi bem isso que se viu, em plena Avenida Rio Branco, no meio das comemorações religiosas da Igreja e durante a celebração litúrgica da data.  Aconteceu  um certo desvio na execução do evento fora da Matriz de Santo Antonio. Nos últimos anos, desde a construção do Espaço Dom Cristiano, que é uma espécie de “concha acústica”, que as participações musicais vinham sendo apresentadas ali, próximas da igreja, o que a meu ver, criava um laço de carinho com a igreja, afetividade mesmo. Às vezes haviam excessos por parte de  alguém que resolvia misturar a bebida alcoólica tomada nas barracas com a alegria do momento. Mesmo assim o evento era cercado pela participação das famílias jequieenses católicas ou não. Não se viam músicas tidas como de baixo calão  pois tinha-se como controlar o repertório musical, sem perder a alegria da comemoração. Não se escutavam determinadas pérolas do cancioneiro popular e mesmo assim todos se divertiam. Sei do empenho da paróquia na realização deste evento anual, tão esperado, organizado, preparado e  tão importante para a cidade, como para o cristão. Mas este ano o que se viu, na parte dedicada à festa dita mais “profana”, foi um verdadeiro carnaval. Pra dar uma cara mais próxima desse festival, colocaram um trio, em plena Avenida Rio Branco, o que gerou ainda mais “ferveção” por parte daqueles que achavam que estavam numa micareta. Foi uma profusão de “incontinência urinária”.  O trecho entre o largo da igreja e as ruas próximas parecia banhado por um carro pipa de xixi. Além da enorme quantidade de brigas e confusões, que só serviram pra auxiliar a polícia militar a testar a eficácia do gás de pimenta. É só verificar a quantidade de ocorrências durante a festa. Com toda a certeza Santo Antonio não gostou...
                                                                   Ass: Rildo Júnior é professor, formado no curso de Letras pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e radialista associado ao SINTERP (DRT 4333).

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