domingo, 2 de abril de 2017

Acordos e Governabilidade, um nó democrático

No período pós-eleitoral, seja em quaisquer das três esferas do poder executivo da federação, o processo da construção de uma base sólida, necessária para consolidar uma gestão que atenda às necessidades de sua propositura, passa por percalços inimagináveis ao eleitor, este último permanece alheio aos pesados acordos forçados nos bastidores de um governo, passando por costuras diversas, se sobrepondo a razão de seus pensamentos ideológicos, se tornando incompreensível até, em função da  profusão muitas vezes de ferrenhos participantes opositores integrados no escopo de uma gestão. Apesar da necessidade de apresentar ao eleitor os resultados convincentes no decorrer do processo, há a possibilidade de erros pela interferência proposital ocasionados por aqueles alheios ao processo defendido e discutido em seu início. Sem uma criteriosa limpeza, se sementes ruins não forem extirpadas do chamado “solo democrático”, terreno este que mesmo cautelosamente cultivado com esforço e determinação pelo executivo, haverá visível condições para proliferação de ervas daninhas e parasitas repletos de vícios que ferem o princípio democrático. A democracia em si não reflete a exclusão na participação de correntes contrárias a uma ideologia, mas é imprescindível que todos os participantes estejam em consonância com os resultados favoráveis para o povo e pelo povo, fazendo assim valer o parágrafo único no primeiro artigo de nossa constituição federal.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

O Herói definhando

O homem sozinho, outrora alegre, sentado no banco daquele elevado, admirava o vai e vem das pessoas na cidade, observava atentamente o fluxo de carros e pessoas sobre a ponte, tal qual formiguinhas no exercício laboral diário. Já havia se passado algumas décadas desde sua chegada a este plano, sua visão já não era a mesma, a audição apresentava cortes em faixas específicas do espectro audível ao ser humano, os cabelos teimavam em ficar cada vez mais esbranquiçados, o corpo já apresentava os sinais do cansaço pela busca constante da manutenção de sua família, esforço este que o fazia resistente a doenças que o pudesse afastar de suas obrigações, mas ele amava o que fazia, e corria exasperadamente atrás de seus sonhos aqui e ali, se dedicando a cada atividade que lhe era atribuída, queria que não faltasse nada no seu lar. Mesmo lutando para manter o amor e a alegria, ele sucumbiu aos pensamentos que o afligia todos os dias de anos atrás, sua mente foi degradando, a memória reduzindo, e em meio a cobrança do cotidiano ele definhou, definhou... o homem alegre foi abduzido para o espaço, esperando um astronauta, ou alguém que o traga de volta...

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Essas novas Mulheres...

Faz algum tempo que questiono esse novo modelo de mulher, as que fogem da sua natureza estética e modelam seus corpos unicamente para o deleite masculino, é linda a mulher natural, sem os "add-on" da vida. No afã de atingirem o mais alto grau da admiração masculina, da exposição completa de seus corpos, submetem-se às futilidades da mente, permeiam então livremente as academias, já não se procura mais apenas saúde, tem que ter pernão, bundão, tem que ser a gostosona, a fodástica do lugar onde vive. Tristes mulheres,  perdem sua natureza feminina na tosca busca pela "formatação da compleição física", pela insignificância de sua moralidade, aliás, esta última nem existe mais. Vejam como mexem o popozão enquanto são execradas pelos cantores de pagode, funk... Agora refletindo diretamente sobre a notícia,  o mais triste disso tudo é saber que o criminoso matou porque queria a sua namorada se expondo no lugar da vencedora do concurso, Longe de mim querer que as mulheres parem de dançar sobre os palcos, afinal de contas é lindo de se ver por exemplo, as meninas do aviões(ficar olhando aquela dancinha tosca do xandy não dá rsrs), mas matar alguém só porque a namorada não vai pra lá mostrar o popozão ou o capô de fusca, aí pra mim é o fim da picada!!!

Amanhecer Incerto



ONTEM
Nadando tranquilamente nas águas poluídas, eram crianças esquecidas pela propaganda institucional que valorizava a educação, prometia mais saúde, mais qualidade de vida;
Eram crianças não acolhidas pelos programas sociais;
Eram crianças gozando de inocência, e que ficaram fora da divisão de direitos, a elas apenas foram imputadas deveres futuros.
HOJE
São homens privados de liberdade, destituídos de amor próprio, se engalfinham num conturbado mundo de disputa pela "boca", e que a cada por do sol, deletam deste programa vital, a linha de comando virótica, concorrente...
E na imoralidade inconsequente promovida pelos devaneios administrativos mais recentes em nossa cidade, questionamos atônitos, temerosos, quem vai morrer hoje a noite em Jequié? Quem?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Resposta a um amigo petista





Sabe amigo, sobre ter um “lado” como você afirmou no post em sua rede social, eu já fui assim, eu tinha “um lado”, quando  você ainda era garoto eu já defendia o Lula, na eleição em que o mesmo concorreu com o Collor, eu fui tachado de comunista pelos amigos, pois avisei a todo mundo que algo ruim iria acontecer, e muitos perderam a vida quando tiveram dinheiro confiscado naquele plano econômico maluco, não me refiro aos ricos, falo do coitado que juntou as economias no banco ao custo de muito suor derramado, votei em Lula em todas as eleições em que ele concorrera a presidente, e a cada derrota eu falava comigo mesmo, força companheiro, um dia a gente chega lá, votei na Dilma 4 anos atrás, votei no Wagner nas duas eleições,  achei lindo quando no primeiro governo dele, arrombaram uma sala fechada a sete chaves na sec. estadual de justiça e deixaram vir à tona alguns processos engavetados na época em que o DEM mandava na Bahia. Sou grato a Lula pelo IFBA em Jequié, mas ele “esqueceu”  de equipar com professores,  queria apenas que o país soubesse que “criei mais escolas”.
 Entretanto, hoje  vejo que esse povo não mais representa os ideais que eu defendo, não “mudei” de lado, apenas engrosso as fileiras dos decepcionados com quem por tanto tempo pregou a liberdade, o combate aos impostos abusivos e corrupção. Sobre ter um “lado” imagine se eu ficasse do lado da sociedade machista, conservadora, se eu não defendesse direitos iguais para os gays (seja homem ou mulher), se eu não defendesse o direito para a mulher que PODE e DEVE sair da cozinha e ocupar lugares altos, se eu não defendesse o direito de quem necessita ter uma casa e viver com DIGNIDADE.
Gostaria de deixar claro que não sou contra quem vota no candidato que bem entender, hoje não simpatizo mais com a política petista, jamais votaria nos tucanos do PSDB pois não aguento mais ver o país ser entregue aos estrangeiros, não voto na Marina pelo fato de não simpatizar com o estilo governista sugerido pela mesma e o Malafaia, esteja certo que votarei em alguém, afinal não tenho mais um “lado”, mas ainda uma ideologia.  Isto é democracia!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

SER FELIZ EM JEQUIÉ


Preciso me alienar do mundo real, ter outro conceito de sociedade,
descobri que para isto acontecer, não mais alimentarei minha sede de notícias com a costumeira leitura matinal de todos os principais blogs da cidade.
Me privarei do compadecimento nas lamentações de carentes via telefone nos programas de rádio do Júnior Mascote, Souza Andrade, Elton Bispo, Ari Moura...
Não mais acompanharei as postagens reflexivas do Maxuell Muniz
e Rildo Júnior contra um governo explorador e oportunista, bem como as críticas sobre a autodestruição social expostas na rede pelo amigo Judson Almeida. Me alienarei sobre a necessidade de um aeroporto no município, discutidas bravamente por Gutto e professor Jorge Barros, devo me abster de leituras reflexivas que remetem à análise do caos social em toda a estrutura governamental, vou me prender somente às postagens com fotos de minhas amigas "poposudas" (só as deliciosas), curtirei fotos de biquinho e beijinho no ombro, postagens de festas, shows de música brega pois é só o que temos e que realmente interessa, por outro lado, sábia e eventualmente acompanharei o por do sol no "ADP" lastreado por umas latinhas de cerveja ou um litro de vinho, depois pegarei meu carro e chegarei em casa após albaroar alguns motoqueiros que nunca viram uma auto escola, afinal o trânsito é perfeito e bem gerido.
E assim serei feliz,não me importarei com os problemas alheios, nossa cidade está maravilhosa, nosso estado está lindo, e nosso Brasil nunca esteve tão Feliz, afinal vem aí a copa do mundo, já tenho em minha sala um novo tv de 42 polegadas onde curto a TV SUDOESTE DIGITAL (sinal maravilhoso, viva a tecnologia), não me interessa se voce sente calor e se as muriçocas te incomodam, durmo diariamente com ar condicionado a 25ºC, quanto ao transporte coletivo, pouco me importa se você fica sob o sol ou chuva esperando a "marinete", pois eu ando é de carro mesmo.
E vamos que vamos, a vida continua, evoluímos lentamente enquanto os empregos temporários com duração de 2 anos ou menos fazem a cabeça de quem necessita de migalhas. Como dizem por aí, ninguém se importa mesmo com as pessoas ou com suas necessidades, politicamente a gente briga somente por interesse pessoal, um cargo, uma locação, um contrato...


Luciano Chokolatt

Acordos e Governabilidade, um nó democrático

No período pós-eleitoral, seja em quaisquer das três esferas do poder executivo da federação, o processo da construção de uma base sólida, ...